Você pode fazer várias coisas para tentar evitar a doença de Alzheimer. Uma delas é através da ingestão de alimentos específicos. A pesquisa sugere que modificações simples na dieta podem ajudar a prevenir esta doença. Confira cinco alimentos que comprovadamente ajudam a prevenir o Alzheimer.
1. Curry Tempero
Acredita-se que uma alteração patológica que leva ao depósito de proteínas amilóides no cérebro seja um evento inicial que leva ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. A inflamação e o dano oxidativo no cérebro também levam à doença. Descobriu-se que a curcumina, componente do curry responsável pela sua cor amarela, possui potentes propriedades antioxidantes e antiinflamatórias e tem sido objeto de muitas pesquisas quanto ao seu potencial para prevenir o aparecimento desta doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (Figura 6.11.1), na Índia, onde o curry é uma dieta estável, há uma prevalência incomumente baixa da doença de Alzheimer.
Inibe precursores do Alzheimer
A edição de novembro de 2001 do Journal of Neuroscience relata um estudo envolvendo ratos que receberam curcumina diariamente e os efeitos disso no acúmulo de placas, danos oxidativos e inflamação no cérebro, todos considerados precursores do desenvolvimento da doença. Os resultados do estudo mostram uma diminuição significativa em todas as alterações patológicas em ratos que receberam curcumina. Os investigadores propõem que o tempero de curry mostra um potencial dramático para prevenir o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Reduz depósitos de amilóide cerebral
A edição de agosto de 2014 da Neurobiology of Aging publicou um estudo que analisou a patologia amilóide em ratos. Os ratos que receberam uma dieta rica em curry demonstraram uma redução significativa nos depósitos de amiloide cerebral em comparação com os ratos que não receberam curry. Os pesquisadores concordam que o curry é rico em poderosos antiinflamatórios e antioxidantes que atuam protegendo a função cerebral.
2. Salmão, sardinha e outros peixes gordurosos
Salmão, sardinha e outros peixes gordurosos são carregados com ácidos graxos ômega-3, que comprovadamente reduzem os níveis sanguíneos de beta amilóide, que é uma proteína associada ao declínio da memória e à doença de Alzheimer.
Ômega-3 reduz beta amiloide
Um estudo publicado pela Academia Americana de Neurologia analisou 1.219 pessoas com mais de 65 anos de idade sem sinais de demência. Os resultados mostraram que quanto mais ácidos graxos ômega-3 o participante consumia, mais baixos eram os níveis sanguíneos de beta amilóide. Verificou-se que a ingestão de um grama de ômega-3 (metade de um filé de salmão) por semana está associada a uma redução de 20 a 30 por cento na beta amiloide.
Consumo semanal de peixe melhora a saúde do cérebro
Na edição de julho de 2014 do American Journal of Preventive Medicine, cientistas relatam um estudo que analisa o consumo de peixe ao longo de várias décadas e seus efeitos na saúde do cérebro. O estudo revelou que os participantes que relataram um longo período de consumo semanal de peixe apresentavam um volume maior de massa cinzenta no cérebro do que os indivíduos que não consumiam peixe rotineiramente. A perda de massa cinzenta está associada à doença de Alzheimer e os investigadores concluem que o consumo de peixe pode ser um importante mecanismo de proteção para a saúde do cérebro.
3. Bagas
As frutas vermelhas estão cheias de antioxidantes polifenóis, que interrompem a inflamação no cérebro. Os polifenóis estão localizados em áreas do cérebro que controlam a memória.
Atrasa o Envelhecimento Cognitivo
A edição de abril de 2012 do Annals of Neurology relata um estudo envolvendo 16.000 mulheres com idade média de 74 anos. O estudo afirma um atraso de dois anos e meio no envelhecimento cognitivo em mulheres que relatam uma alta ingestão de frutas vermelhas.
Remove o acúmulo de tóxicos
Outro estudo recente apresentado na edição de abril de 2013 da Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental demonstrou como as bagas removem efetivamente o acúmulo tóxico que pode levar à doença de Alzheimer no cérebro. Os ratos foram alimentados com uma dieta de frutas vermelhas por dois meses e depois submetidos à irradiação, que imita o envelhecimento acelerado do cérebro. Os resultados indicam que os ratos que foram alimentados com uma dieta de frutas silvestres demonstraram proteção significativa contra a radiação quando comparados ao grupo controle. Os pesquisadores concluíram que as frutas vermelhas oferecem um efeito protetor, provavelmente atribuído ao alto componente de fitonutrientes. Isso pode levar à melhoria da função cognitiva e à diminuição da incidência da doença de Alzheimer.
4. Café
O Journal of Alzheimer's Disease inclui um estudo que investiga o café e seus potenciais benefícios para a prevenção da doença de Alzheimer.
O consumo de café retarda o declínio cognitivo
O estudo acompanhou 124 pessoas com idades entre 65 e 88 anos com sinais de comprometimento cognitivo leve. Os indivíduos que desenvolveram a doença de Alzheimer tiveram um nível de cafeína no sangue 50% menor quando comparados aos seus homólogos que não desenvolveram declínio crescente na capacidade cognitiva. A principal fonte de cafeína para os participantes do estudo foi o café.
Cafeína Previne Depósitos de Proteína Tau
Outro estudo publicado na Neurobiology of Aging discute como a cafeína previne os depósitos de proteína tau no cérebro. Os depósitos de proteína tau no cérebro interrompem a comunicação das células nervosas e são uma característica definidora da doença de Alzheimer.
5. Chocolate amargo
O flavanol do cacau é um poderoso antioxidante encontrado no chocolate amargo (mas não no chocolate branco ou ao leite). Ele tem sido associado a vários benefícios à saúde, incluindo melhora da memória.
Testes de memória aprimorados
Reportado na edição de outubro de 2014 da Nature Neuroscience é um estudo envolvendo pessoas de 50 a 69 anos. Descobriu-se que aqueles que beberam uma bebida de cacau rica em flavanol por três meses tiveram desempenho cerca de 25% melhor em testes de memória do que aqueles que bebeu uma bebida de flavanol com baixo teor de cacau. O pesquisador Dr. Scott Small afirma que os indivíduos com alto desempenho da bebida flavanol no teste de memória foram semelhantes aos indivíduos 20 a 30 anos mais jovens.
Cacau Suporta Acoplamento Neurovascular
Um estudo recente realizado na Universidade de Harvard e publicado na edição de setembro de 2013 da revista Neurology, discute o consumo de cacau e seu papel no apoio ao acoplamento neurovascular, um processo no qual a atividade cerebral aumenta o fluxo sanguíneo. Acredita-se que o acoplamento neurovascular desempenhe um papel fundamental na prevenção da doença de Alzheimer.
Permanecendo jovem e afiado
O medo de que o declínio cognitivo e a doença de Alzheimer sejam um dado adquirido para os idosos é um mito. Muitas pessoas conseguem aproveitar seus anos dourados com plena função cognitiva e níveis saudáveis de atividade. Um estilo de vida ativo combinado com uma nutrição saudável pode ajudar a mantê-lo jovem de coração e mente.